A Dengue avança
Na reunião da Supervisão Butantã do último dia 9/11, a situação da (do?) Dengue na região foi o tema principal.
O número de casos vem aumentando e, após dois anos sem casos autóctones, foram registrados 101 até o momento, neste ano, além de 67 importados. A impressão é de que não atingimos o pico da curva e que 2007 pode ser pior.
É importante, portanto, manter a atenção para essa possibilidade e levantar a suspeita quando os sintomas justificarem, sem se preocupar se houve deslocamentos para fora da cidade.
O fato é que a maior parte das suspeitas está sendo feita nos pronto-socorros. Será que os pacientes estão transitando por aqui e não identificamos?
Para ficar apenas com números referentes a nossa área, de janeiro a setembro foram notificados 27 casos suspeitos de moradores da área, dos quais apenas 4 (14,8%) o foram por nós. Ainda que entre os quatro se encontrassem os 2 casos autóctones registrados para nossa área e mais 1 importado, porque não levantamos mais suspeitas?
Sugeri que estudássemos o percurso destes suspeitos nos serviços, considerando que a dengue é um importante evento-sentinela para avaliar nossa recepção e isso permitiria aprimorar nossa estratégia para enfrentar a possível epidemia. A SUVIS diz não "ter pernas" para isso, mas creio que poderíamos fazer para nossos casos.
2 Comentários:
Rubens
Achei tua preocupação super importante e que ela parte de uma situação de alerta mesmo, para nossa assistência e ações comunitárias.
Sobre a assistência, será que não diagnosticamos menos porque em geral são pessoas com febre e pessoas com febre seguem mais para hospital? Tem uma questão sobre decisões de uso do PA/CSE versus PS/HU que precisamos atentar nos estudos de caso (trajetória no sistema) que vc pensou.
Cesar:
É possível, e mesmo provável, que a maior parte dos suspeitos vá direto para o hospital.
Mas se uns 4 ou 5 (dos 23) passaram pelo CSE e não foram identificados já é algo a verificar melhor, não?
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